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No início de 2021, o padre Júlio Lancellotti popularizou um debate sobre arquitetura. O religioso quebrou a marretadas pedras instaladas embaixo do viaduto Dom Luciano Mendes de Almeida, na Zona Leste da cidade de São Paulo…
As pedras foram colocadas para evitar a presença de pessoas em situação de rua que dormiriam no local. A obra, que custou mais de R$ 48 mil reais aos cofres públicos, não é uma ocorrência isolada, mas sim, um exemplo da arquitetura hostil.
Bancos de praça com divisórias, lanças em muretas, grades, rampas e muros altos com arames são alguns dos exemplos de elementos que caracterizam a arquitetura hostil, também nomeada como exclusão arquitetural. Apesar da variação nominal, o objetivo é o mesmo: restringir e controlar o direito a ocupação do espaço urbano.
Entende-se por arquitetura hostil estruturas arquitetônicas, principalmente nas regiões centrais, de comércio e mais nobres das cidades, que buscam restringir certos comportamentos, como a aglomeração de grupos ou públicos específicos, frequentemente pessoas em situação de rua.
Em entrevista ao ECOA, do UOL, a arquiteta e confundadora do coletivo “Arquitetas (in)Visíveis” Luiza Coelho definiu a funcionalidade deste modelo:
“A arquitetura hostil se impõe acima do desejo da população, dos usuários daquele lugar. É uma arquitetura que afasta, que não serve como espaço de encontro. Um exemplo disso são os muros gigantescos de condomínios, que criam pontos cegos nas cidades e geram insegurança para as pessoas que circulam nas calçadas”.
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